sábado, 30 de junho de 2012

As Três Letrinhas

A historinha que você vai ler agora é para todas as mães.
Disponibilizada assim, sem arte-final, ainda no roteiro, especialmente para o 'Dia das Mães'.
Não que ela tenha sido encomendada ou programada.
Ela simplesmente surgiu...
De uma sementinha.. crescida...
Como agradecimento, saudade à sua,
e uma homenagem à todas as mães.
Um Feliz Dia das Mães.
Paulo Back ( Maio de 2010 )  



Para ler em tamanho normal, clique aqui http://www.monica.com.br/historias-antologicas/maes/welcome.htm

segunda-feira, 25 de junho de 2012

As Primeiras Revistas da Turma da Mônica - Coleção Histórica

A Coleção Histórica Turma da Mônica é uma publicação bimestral dos estúdios Maurício de Sousa juntamente com a editora Panini.
Essa coleção tem o objetivo de resgatar e republicar da maneira mais fiel possível, as primeiras revistas da Turma da Mônica, lançadas entre os anos 1970 e 1980[1]. Foram mantidos nos fac-similes a linguagem usada na época das publicações e também, as cores utilizadas. Maurício diz que esta coleção é a realização de um antigo sonho seu e de muitos fãs.
Bimestralmente, são lançados os boxes. O volume 1 contém todas as edições n°s 1 de Mônica, Cebolinha, Cascão, Chico Bento e Magali. Na n° 2, todas as edições n°s 2 e assim por diante. Em Março de 2012, a coleção chega a sua 28° edição. A partir do volume 9, o box passou a vir desmontado, com as revistas na frente, devido a uma série de reclamações, pois as caixas apresentavam amassos irrecuperáveis, ao menos, para os colecionadores.

Lançamentos

Volume
Data de lançamento
Personagem da capa
Volume 1
Setembro de 2007
Mônica
Volume 2
Outubro de 2007
Cebolinha
Volume 3
Fevereiro de 2008
Cascão
Volume 4
Março de 2008
Chico Bento
Volume 5
Abril de 2008
Magali
Volume 6
Maio de 2008
Astronauta
Volume 7
Junho de 2008
Piteco
Volume 8
Outubro de 2008
Tina
Volume 9
Janeiro de 2009
Rolo
Volume 10
Março de 2009
Penadinho
Volume 11
Maio de 2009
Franjinha
Volume 12
Julho de 2009
Bidu
Volume 13
Setembro de 2009
Horácio
Volume 14
Novembro de 2009
Xaveco
Volume 15
Janeiro de 2010
Zé Luís
Volume 16
Março de 2010
Zé da Roça
Volume 17
Maio de 2010
Jotalhão
Volume 18
Julho de 2010
Bugu
Volume 19
Setembro de 2010
Coelho Caolho
Volume 20
Novembro de 2010
Louco
Volume 21
Janeiro de 2011
Titi
Volume 22
Março de 2011
Tarugo
Volume 23
Maio de 2011
Anjinho
Volume 24
Julho de 2011
Cascuda
Volume 25
Setembro de 2011
Zé Lelé
Volume 26
Novembro de 2011
Papa-Capim
Volume 27
Janeiro de 2012
Pipa
Volume 28
Março de 2012
Thuga
Volume 29
Maio de 2012
Sansão
Volume 30
Julho de 2012
Cafuné

Datas Originais

  • O gibi "Mônica" foi lançado originalmente em 12 de maio de 1970.
  • O gibi "Cebolinha" foi lançado originalmente em 26 de janeiro de 1973.
  • Os gibis "Cascão" e "Chico Bento" foram lançados originalmente em 19 e 26 de agosto de 1982, respectivamente.
  • O gibi "Magali" foi lançado originalmente em 3 de fevereiro de 1989.

Preço

O box sai pelo preço de R$ 19,90.

Curiosidades

  • O box n°1, de Setembro/07, hoje é uma raridade. Em poucas lojas virtuais estão disponíveis.
  • O box n°9 foi o mais vendido de todos, com uma tiragem de 1,5 milhão de exemplares.
  • As propagandas da época nas revistas, foram substituídas por textos informativos, nos fac-simile. Os textos foram escritos pelo roteirista dos estúdios Maurício de Sousa, Paulo Back.
  • O box n°1 foi lançado na Bienal do Livro de 2007.
  • Os personagens que estrelam as capas, geralmente, tem grande destaque nas revistas da coleção. Um exemplo é a Tina, que estrelou a capa do volume 8, porque no gibi Mônica n°8, estrela sozinha a sua primeira história. O Bugu, também. Estrelou a capa da coleção volume 18, pois teve destaque no gibi Cebolinha n°18.
  • Inicialmente a coleção não tinha periodicidade definida, tendo-se iniciado com o lançamento dos vols. 1 e 2 em setembro e outubro de 2007. Em fevereiro de 2008, a publicação foi retomada com a intenção de que fosse mensal, de fevereiro/2008 até julho do mesmo ano. Mas a coleção sofreu com problemas de distribuição e acondicionamento das revistas, até que após duas interrupções, em fevereiro de 2009, torna-se publicação fixa com periodicidade bimestral.
  • O volume 7 teve o atraso de publicação mais expressivo: embora a data exibida no expediente seja junho de 2008, o exemplar só começou a ser distribuído em meados de outubro. Somente do volume 10 em diante o gibi ficou chegando às bancas na data indicada no expediente.
  • O volume 26 foi um dos volumes que foi mais rápido para as bancas: no dia 14 de novembro já se encontrava nas bancas do SP e RJ.

sábado, 23 de junho de 2012

Expresso Rural ( Entrevista ) - Cacau Menezes - Out 2007

Entrevista ao vivo para Cacau Menezes ( Jornal do Almoço - RBS TV ) no dia 03 de Outubro de 2007 em ocasião do show de 25 anos no CIC.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Beatles 63

                                                        Beatles 63 Lápis

sábado, 9 de junho de 2012

TG Entrevista o roteirista da Turma da Mônica Paulo Back

Não escondo de ninguém que sou APAIXONADO por História em Quadrinhos (HQ). Minha predileção no mundo artístico é assim... Tudo representado por figuras, com ou sem balões de fala, dentro de quadros que contam uma história.

Foto: Arquivo de Paulo Back
O entrevistado de hoje tem TUDO a ver com HQs e com GATOS!

Paulo Back! Roteirista e quadrinista dos Estúdios Maurício de Sousa. Isso mesmo! Aquele da Turma da Mônica que você sempre lê!

Um outro motivo para trazermos essa entrevista, é para comemorarmos o lançamento do livro MSP Novos 50. É o terceiro livro do projeto MSP 50, que começou em 2009, para homenagear os 50 anos de carreira de Mauricio de Sousa e será uma das grandes atrações da Bienal do Livro que começa hoje no Rio!

O livro traz histórias de vários artistas representando, em seu próprio estilo, os personagens de Mauricio de Sousa nessa bela homenagem em forma de arte!

Além do mundo dos quadrinhos, Paulo Back é um artista completo! Mostra diariamente em redes sociais que tem grande afinidade com a música e outras formas de arte.

Agora, para ficarem fãs DE VERDADE do cara: Ele é um legítimo "Cat Lover" e defensor dos animais.

Confira a entrevista!


Tudo Gato: Paulo, tem pessoas que falam que "homem de verdade gosta é de cachorro"! Como um cara, roqueiro como você, começa a gostar de gatos?

Paulo Back: Não vejo porque. Gatos são independentes, caçadores, noturnos e mandões. Tem coisa mais roqueira do que essa?
Na verdade não sei de onde vem essa fábula de que homem gosta de cachorro e mulher de gato. É bobagem. Acho que a postura está mudando. Assim como na Europa e EUA, os gatos começam a tomar o lugar dos cães. Pessoas passam a viver em apartamento, não tem tanto tempo nem disponibilidade para agradar um bicho. Gatos se adaptam a esse tipo de vida. Cachorros necessitam de mais trabalho e atenção.


TG: Assim como você, muitos artistas e escritores preferem os gatos. Como é o caso de John Lennon, Laerte, Ferreira Gullar entre outros. Por que os artistas atribuem a preferência por gatos ao seu trabalho?

Paulo Back: Não sei... será a aura de mistério? Cachorros são esportistas, gatos são artistas. Acho que é por aí. Enquanto cães pedem atenção, o gato se contenta em ficar na mesa, olhando vc trabalhar, e de vez em quando dá um cabeçada ou tenta roubar o seu lápis.


TG: No twitter, nos disse que fazia roteiros para as histórias do Mingau, gatinho da Magali. Isso tem a ver com sua convivência com gatos? Faz histórias de outros personagens também?

Paulo Back: Sim. O Mingau é o 'gato' por excelência. Já sofria inspirações e aspirações dos gatos de casa. Mesmo quando tinha só um. Daí minha mulher, que adora gatos também, começou a trazer filhotes pra casa e hoje temos uma coleção de gatos. O temperamento do Mingau é o de um felino. Não é um personagem humanizado. Tanto que ele sabe o que a Magali diz, mas Magali 'tenta' adivinhar o seu diálogo. Acho que tudo que tem num gato, também está no Mingau, inclusive a teimosia e o exibicionismo.
Quanto aos outros personagens, sim. Temos que fazer historias de todos. Captar a essência e características de cada um. Alguns já vêm prontos, outros ajudamos a desenvolver, de acordo com a experiência de cada um. Mas tudo passa pela mão do Mauricio. Ele lê todos os roteiros, faz reuniões e assinala para onde devemos ir. Ele é o pai dos personagens.



TG: Nos disse também que já ilustrou diversas histórias. Conta pra gente como é isso nos Estúdios do Maurício de Sousa! Cada artista desenha um personagem ou há uma "rotatividade"? Quais histórias já ilustrou?

Paulo Back: Alguns sim, mas não foi um trabalho de ilustração como os desenhistas e arte finalistas fazem. Eu simplesmente dou uma capricada no desenho do roteiro, e de acordo com a aprovação do Mauricio, ele indica que o desenho deve pular a etapa final e ir direto para a cor. Ou seja, o desenho do roteiro é publicado do jeito original.
Uma que saiu do jeito que foi desenhada, foi a historinha 'O Lobisomem', que saiu ha poucos meses. Teve uma coloração nos moldes europeus e causou um certo burburinho por aí, ja que fugiu completamente do estilo da casa.
Mas outras têm também o meu desenho, na maioria dinossauros, bichos, heróis... que não sejam os personagens da casa, pois estes os desenhistas e arte finalistas é que dominam a técnica.


TG: Você tem personagens próprios?

Mingau boneco e Mingau 'real'.
Paulo Back: Tinha quando era criança. Hoje o mundo gira em cima dos personagens do Mauricio. Somos ( roteiristas ) as babás dos personagens do Mauricio. Responsabilidade grande.


TG: Você tem quantos gatos? Qual o nome deles?

Paulo Back: Vários... Some have gone and some remain. Yule, Ganesh, Vishnu, Krishna, Gaya, Kali, Brahma, Mina, Sabbat e Lune. Nos deixaram Wicca, Shiva, Samhein e Githa... ( minha esposa sempre coloca apelidos engraçados, então muitos a gente acaba nem chamando mais pelos nomes )


TG: Poderia relatar alguma situação muito engraçada que tenha vivido com seus bichanos?!

Paulo Back: Putz. São tantas. A maioria sempre acaba virando historinha do Mingau, como a hora da atacação. Saem correndo pela casa levando tudo junto. Tem os sustos. Teve um que levou uma picada de abelha no beiço, um que vomitou na cabeça do outro... Talvez a mais engraçada seja uma vez que estava sozinho em casa, tudo muito escuro e ouço uma voz tenebrosa me chamar... Pawwwllloooo.... Arrepiou os cabelinhos. Olhei para tras e não era fantasma nenhum... Era o Brahma, grunhindo porque ia vomitar. pawlllooooobrléeéé´...


TG: Várias vezes vemos manifestações suas a favor dos animais. Por que acha essa causa tão importante?

Paulo Back: São nossos vizinhos na terra. Dividimos o mesmo espaço. Merecem todo o nosso respeito. Não há porque tratar um animal como objeto ou algo criado para nos servir. Sentem frio, sede, fome... E principalmente dor. É cruel ver como os tratamos sem sensibilidade alguma.


TG: Finalizando! Manda uma mensagem para nossos leitores e seus novos fãs! Muito obrigado Paulo!


Paulo Back: Não deixem a crinança interior morrer nunca. Trabalhem como adultos, mas vivam como crianças.


Paulo Back é um cara extremamente carismático e nos deixou explodindo de felicidade ao aceitar nosso convite para esta entrevista.

Acompanhe o Paulo Back no twitter @pauloback

Esperamos que tenham gostado! Comentem aí!



Abraços a todos!
Laurence Esgalha
http://www.tudogato.com/2011/09/tg-entrevista-o-roteirista-da-turma-da.html

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Mariana, a irmã do Chico Bento

Chico Bento é um dos tantos personagens de Mauricio de Sousa que dispensa apresentações. Apesar de não estampar tantos produtos e merchandising como o quarteto Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali, é inegavelmente uma das figuras de maior apelo junto aos leitores. E até já causou polêmica por causa do seu caipirês: durante muito tempo, muitos "letrados" insistiram em afirmar que suas falas influenciariam mal a criançada. Bobagem. Seu universo é cheio de personagens simpáticos. Basta ler...

...um único gibi do Chico para se afeiçoar a eles: seu primo bobinho Zé Lelé, seus amigos Hiro e Zé da Roça, sua namorada Rosinha, a professora Marocas, o dono das goiabas Nhô Lau... E tantos outros.

Mas existe algo muito especial, que muitos leitores desconhecem. Chico teve uma irmãzinha! É realmente difícil não sentir um nozinho na garganta ao ler a singela história que mostra o nascimento de Mariana, que se foi ainda bebê! Um evento raríssimo de ser mostrado em gibis infantis, senão único. Uma Estrelinha Chamada Mariana foi publicada pela primeira vez em CHICO BENTO #87 (Editora Globo, mai/90).




Somente 15 anos depois voltou-se à personagem. Em junho de 2005, O Presente de uma Estrelinha foi a capa de CHICO BENTO #449. Dois gibis imperdíveis para fãs e colecionadores do Chico.

E não dá para deixar passar em branco: fato mais que raro nas HQs de Mauricio de Sousa, ambas historinhas dão crédito a seus criadores. Uma Estrelinha Chamada Mariana tem argumento de Rubens Kiyomura. Já O Presente de uma Estrelinha é creditada a Paulo Back. Grande conhecedor da trajetória da turminha, Paulo é também quem escreve os textos cheios de curiosidades da COLEÇÃO HISTÓRICA, além de manter um site muito bacana, o Revista da Mônica.




Leia Uma Estrelinha Chamada Mariana aqui, no site oficial da Turma. E aqui, sua continuação.


     


Por Rivaldo Ribeiro    :: postado originalmente em 29/abr/09 :: TOP 10 PLANETA GIBI ::

terça-feira, 5 de junho de 2012

GET BACK, SOM "BEATLES" QUE VEM DO SUL ( 2000 )


Johnny McCartney
A bem verdade, a galera da redação tem a maior bronca de "bandas-cover" - espaço ocupado sem criatividade - com uma única e saudável exceção: as bandas-covers de Beatles que, em muitos casos, tem produzido obras interessantes, no Brasil e no exterior.
Os cds dos mineiros Sgt. Pepper´s são muito bons, o recente álbum dos paranaenses Metralhas, com
covers para originais que os Beatles regravaram no início da carreira, também é legal. Os australia- nos Beatnix, que reuniram em um único cd os originais de Lennon & McCartney que os Beatles não gravaram, é um dos melhores exemplos externos. E, claro, tem também a genial releitura " anos cinquenta" de Sgt. Pepper´s, feita pelos americanos Big Daddy.

Mas além do universo cover, no entanto, que estão as melhores obras "Beatles", como é o caso dos álbuns dos grupos Pleasers, Spongetones, Kaisers, Minstrels e Virgenners ( matéria desta edição ).O universo Power Pop moderno, por sua vez, tem usado e abusado das sonoridades "Beatles", especialmente os ensinamentos melódicos de Paul McCartney.
Quem achava que desenvolver essa linhagem sonora "Beatles" com identidade e criatividade era privilégio de outros países, já pode ir mudando de idéia. Um grupo de Florianópolis ( SC ) acaba de lançar o seu primeiro CD dentro dessa orientação. surpreendendo não apenas pela qualidade das canções, produção e arranjos e até mesmo apresentação gráfica. Sem dúvida, um passo a frente em matéria de "bandas-beatles", não apenas por produzir um álbum inteiro com canções próprias, mas pelo formato Power Pop, que incorpora informações do gênero.


Trata-se do grupo GET BACK, formado por Paulo Back ( vocal, guitarra, teclados e percussão ), Robson Dias ( vocal, baixo e percussão ) e Marcos Ghiorzi ( bateria ), que saiu depois da gravação do cd, dando lugar a Ricardo Malagoli. Veteranos da cena roqueira catarinense, Paulo ( que também integrou o grupo local Expresso ) e Robson tocam juntos desde o início dos anos oitenta quando, ainda garotos, participavam dos festivais de música estudantil na ensolarada ilha do Sul do país. Unidos pela paixão pelos Beatles, formaram a banda em 1989, contabilizando, desde então, mais de seiscentos shows por todo o Estado e um grande respeito pelo público.
O disco abre com um hit perfeito para qualquer rádio do mundo, intitulado GIVE YOUR LOVE, que funde magistralmente a pegada rítmica à la R.E.M. com harmonias vocais no estilo Beatles, resultando em um Power Pop moderno e sintonizado com as melhores produções estrangeiras do gênero. Na sequência, WITCH´S DAY ( com uma levada latina e belo solo de órgão ), TO GET YA LUV ( a mais Beatles de todas ), DON´T BELIEVE ME ( George Harrison na veia ), OUT OF MY MIND ( Lennon de Walls and Bridges ) e SHADOWS ON THE WALL ( álbum branco ) somam-se ao rol de hits certeiros. Com letras em inglês, neste caso justificável, as canções - todas by Dias/Back - são executadas com arranjos bem cuidados, que inclui orquestra em vários momentos, harmonias vocais perfeitas e uma qualidade instrumental exemplar. A produção é de Paulo Back e de Leandro Marcucci.
O CD, portanto, é coisa de quem tem estrada e, principalmente, sabe o que está fazendo, caso de Paulo e Robson, detentores das maiores coleções da obra dos Beatles no sul do país e profundos conhecedores da produção dos Fab Four. Mas não apenas isso, o cd é um passo importante para o desenvolvimento no Brasil da linhagem sonora "Beatles", que já adquiriu o status de gênero musical, inspirando novas criações, desde as suas mais variadas fases e facetas. Ou seja, os Beatles representam para a música do Século XXI, o que Bach, Bethoven e Mozart, entre outros, significaram para o universo erudito moderno, ficando por conta de cada um, em qualquer parte do planeta, criar/reinventar aquela sonoridade que mudou a história da música do Século XX.
                                                                                
Senhor F - A Revista doRock,nº10, Junho2000
                                                                                               
 

domingo, 3 de junho de 2012

Entrevista: Paulo Back, do Expresso Rural ( Nova Blumenau )


Uma entrevista especial. Afinal, sempre acreditei que santo de casa faz milagre sim. E, há décadas que sou fã do grupo genuinamente catarinense Expresso Rural. Em 2010 Blumenau e várias outras cidades tiveram o prazer de receber o grupo para mais uma turnê magnífica. E, para conhecer melhor o Expresso Rural, sob ângulos diversos, nada melhor que uma entrevista. O Paulo Back, baixista do grupo, gentilmente respondeu à algumas perguntas enviadas pelo site, e que vocês podem conferir abaixo. 

1) Como surgiu o Expresso Rural ?

Em 81, Quando Daniel Lucena e Zeca Petry se encontraram em um dos festivais estudantis da época. Ambos participavam e decidiram ali tentar formar um grupo. No meio estava Beto Mondadori. Logo depois chamaram Marcos Ghiorzi. Mas só começaram a fazer uma ou outra apresentação no final do ano, e início de 82, quando Volnei Varaschin e Paulo Back ( eu ) entraram. No mesmo ano contavamos com Sergio Bassit e Tayrone Mandelli nas flautas e saxes. Havia um tecladista convidado, que logo saiu, dando lugar ao Márcio Correa, que entrou no fim de 83. 

2) Musicalmente, qual grupo/cantor que vocês tinham como referência ?

Vários. Posso citar a maior influência como 14 Bis, Boca Livre e Almôndegas.. Mas tinha aquele lance de 'Rock Rural' de Sá e Guarabyra, e várias levadas mais pops de Rita Lee, Beatles e America. A gente ouvia de tudo naquela época. Depois vieram os grupos de rock nacionais, explodiu a new wave com Blitz, Paralamas, Ultraje, e entramos nessa levada também.

3) Se pudessem escolher alguém pra fazer um show especial com vocês, ajudando no vocal, quem escolheriam ?

Olha, qualquer integrante das bandas acima. Mas daqui do estado já pintaram alguns vocais com o pessoal do Dazaranha e Nós Na Aldeia. Difícil dizer. Acho que a gente já está tão acostumado a cantar juntos que não imagino outra voz. Acho que a voz de Flavio Venturini cairia como uma luva nas músicas.

4) O que há de bom atualmente em se tratando de música? E o que há de ruim ?

Eu particularmente vejo uma reciclagem do que já houve e ja foi. Quando aparece algo de novo, já vem com uma certa 'nostalgia'. O pessoal dos anos 80 está voltando com tudo, com um trabalho legal e de qualidade. Teve uma safra boa de bandas 'Britpop', mas estagnou. Vamos esperar...
Quanto ao que há de ruim... Aquele monte de coisa fabricada que aparece no Faustão e que no ano que vem ninguém lembra mais. A memória de cada um se encarrega de dizer. Fica meio chato citar nomes. 
Mas musica é musica, depende do gosto de cada um. Não há um medidor para dizer o que é bom e o que é ruim.

5) Em nosso estado, que nomes merecem destaque atualmente no cenário musical ?

Quando começamos havia o Engenho, que estava num patamar onde todos nós queriamos chegar. Engenho era a única banda com uma proposta mais jovem, universitária, que havia gravado um disco e estourado no Estado. Mas era um pouco regionalista, com coisas da cultura e folclore. Daí partimos para uma linguagem mais direta, jovem, falando de coisas do campo, mas também do cachorro quente da esquina. Era uma proposta diferente.
Logo depois vieram grupos como Tubarão, Decalcomania, e fizemos vários shows juntos.. Nos anos 80 foi um boom musical. Tinha ótimas bandas vindas de todas as cidades. Muita gente, que não há como enumerar sem esquecer de um ou outro. SC ainda continua produzindo gente de talento. Dazaranha e Nós Na Aldeia são apenas um exemplo.

6) Qual o show inesquecível do Expresso? E porque ?

O show de reencontro de 25 anos em 2007 no CIC em Florianópolis. Estávamos com a idéia de fazer um show acústico, pequeno, desde 2005. Na verdade, idéia vinda do Márcio. Mas depois que ele ficou doente engavetamos tudo e ficou meio "doído" para nós mexermos nisso.
Só retomamos em 2007, em tributo à ele. Era para ser só um show, mas a receptividade foi tão grande que decidimos continuar. A energia que rolou naquele dia foi única. Indescritível. 
Chamamos todos da banda naquela noite. Quem não morava mais aqui, veio assim mesmo só para tocar, sem ensaio, sem nada.. Deixamos um teclado montado no palco também para simbolizar o Márcio. Então de uma forma ou outra, estavamos todos lá. Não esperávamos de forma alguma presenciar o que aconteceu naquela noite. Havia algo a mais naquele lugar. Foi um encontro de amigos não só no palco, mas no teatro inteiro. Muita gente chorando, se abraçando, emocionada, cantando junto, de pé, aplaudindo, dançando. Na verdade a platéia éramos nós. O show estava no público. 

Veja a música Certos Amigos, durante o show no CIC acima citado, em 2007.


7) O melhor momento de toda carreira do grupo?

A gravação de Nas Manhãs do Sul do Mundo, que fez com que a banda explodisse no Estado, e o disco Certos Amigos, que possuía grandes músicas e tocou muito nas rádios. Foi entre 83 e 85. Teatros e Ginásios lotados. Foi muito bom. Depois disso deu uma louca na gente e decidimos ir para a Espanha. Perdemos um tempo lá e quando voltamos o cenário era outro. Depois disso houve um grande 'outro' momento, que foi o show de 2007 que comentei acima.

8) E o pior ?

Quando voltamos da Espanha. Algo errado aconteceu e não nos achavamos mais. A banda foi se separando. Mudança de time e de rumo.. Até que não rolou mais nada. 

9) Próximos projetos para o Expresso ?

Não sei. Estamos continuando com os shows no formato deste de 2007, que é mais acústico, dando outra linguagem às músicas antigas. Por enquanto ninguém tem nada de novo em mente. 



10) Falando em matéria de letra, qual a obra prima em nossa música popular ?

Cada um pode ter a sua obra prima na manga, mas partirculamente gosto da letra de 'Sapato Velho', simples e bonita. Diz muito.

11) Internacionalmente, quem vocês admiram ?

Muita coisa. Se eu disser Lady Gaga e Madonna também não estou mentindo. De tudo um pouco. No meu caso, maior influência é Beatles, mas ouço muito anos 70-80, britpop, disco, reggae, folk, dance.. 

12) O nome Expresso Rural surgiu como ?

É coisa do Zeca Petry. Ninguém tinha nome pra banda. Ele sonhou com este nome escrito no bumbo da bateria. O subconsciente deu isto de presente a ele. No dia seguinte ele anotou e apresentou à banda. Como o 'Rural' era muito frequente nas letras, teve tudo a ver.

13) O que acham da pirataria ? E como fazer para combatê-la ?

É um problema grande que afeta muito a industria da arte e os envolvidos. Não há banda ou músico que sobreviva da venda de discos hoje. Mesmo os medalhões internacionais estão voltando aos palcos para faturar o que não ganham nas vendas.
Artista hoje vive de show. 
Por outro lado, a indústria descobriu e está descobrindo alguns atrativos para recuperar parte das vendas. Uma coisa é fisgar os 'fãs' com lançamentos diferentes, com bônus, livretos, embalagens interessantes, e itens para colecionar.
Há quem tente driblar a pirataria colocando bloqueios, mas qualquer um consegue um software para desbloquear um cd ou dvd.
Outros jogam milhares de obras 'falsas' na rede para confundir quem quiser dar um download gratuito.
Acho que a melhor maneira é a consciência. Fazer com que quem esteja comprando um disco pirata perceba que na verdade ele está indo contra o artista. Mas não mudar isso da noite para o dia. Há muito o que se pensar.

14) Numa lista tipo "TOP 5" de todos os tempos, o que nunca faltaria no armário de CDs da banda ? Quais as 5 obras preferidas (em vinil, ou CD), de outros artistas ? 

Caramba. Teríamos que entrar num consenso. Eu colocaria um disco dos Beatles, o Daniel um do America, o Zeca um do Sá e Guarabyra, o Volnei um dos Rolling Stones, e eu colocaria mais um "antigão" da Rita Lee.

15) E num "TOP 5" às avessas, o que nunca faria parte do SET LIST do grupo ? 

Vou responder por mim, não pela banda...
1- qualquer música que tenha "bundinha, agarradinha, garrafinha, cadelinha, eguinha" e outras baixarias na letra ( aquilo que chamam de 'funk' mas não é funk ). Um terror com cheiro de enxofre. 
2- axé.. que virou sinônimo de música baiana, mas houve um tempo em que música baiana não era isso. Acho que axé até era outra coisa. 
3- pagode... ou dor de corno. Não confundir com samba de origem, que tem boa gente da velha guarda de respeito. 
4- qualquer música em que a cantora ( geralmente mulher ) berra mais do que canta, querendo mostrar técnicas e firulas vocais, indo do grave ao falsete como um foguete desgovernado. Começou com cantoras internacionais, mas a praga pegou nas nacionais e homens tentam imitar.
5- vou dizer Restart? Hum..., deixo eles de fora. Não me incomodam.. Só não ouço.

16) Pra finalizar, a frase preferida de alguma das músicas de vocês. 

"não tente juntar os pedaços se foi imperfeito antes de quebrar".. É meio baixo astral, mas é perfeita.
http://www.novablumenau.com.br/2011/01/entrevista-expresso-rural.html

sábado, 2 de junho de 2012

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O ROTEIRISTA PAULO BACK


O blog HQTMJ invadiu a Maurício de Sousa Produções e além de entrevistar a Equipe da Turma Jovem, entrevistamos um Roteirista da Turma Pequena, é... o HQTMJ está se superando.
Essa será uma Grande entrevista, todas as perguntas e respostas não foram alteradas ao nosso gosto, e o Paulo Back (o entrevistado), nos garantiu total confiança.
E veja a entrevista: 

*******
HQTMJ: Desde a sua infância você gosta da Turma? já imaginou em trabalhar na MSP como trabalha?
PAULO: Olá.  Comecei a ler a TM desde quando era criança, mas eu peguei a fase clássica da Turminha. Pelo que eu lembro, eu conheci a Mônica e Jotalhão através da Televisão, nas propagandas do extrato de tomate.. ou das tirinhas que saiam nos jornais. Mas quando vi o primeiro gibi da Mônica, eu já devia conhece-la. Quanto a trabalhar na MSP, qual criança ou qual adulto que não curte HQs não sonha trabalhar lá e/ou conhecer o Mauricio de Sousa ( ainda mais trocar figurinhas com ele ? ) Acho que é um sonho realizado.

HQTMJ: De onde você tira inspiração para elaborar as histórias da turma? 
PAULO: Do dia a dia, de experiencias da infância, da experiência como adulto, de um desenho na tv, de uma matéria de revista, de uma conversa , de uma sugestão, de uma outra história.. são várias as fontes...Como o Mauricio já me disse... fazer roteiros é como tirar água de uma fonte, só que quanto mais você tira, mais água ela terá. Se vc parar de tirar.. ela seca.

HQTMJ: Já chegou a redesenhar alguma história da turma antiga? trazendo para a versão dele mais novos?
PAULO:Redesenhar uma história antiga? Não.. isso não. O que acontece é usarmos um determinado personagem antigo e 'traze-lo' para os dias atuais, dando uma modernizada, ou lembrar de algum outro meio esquecido, ou trazer a tona o tema de uma antiga historia, mas refazer uma história com traços atuais não.. Isso não é o perfil do estúdio e na minha opinião, o que o que já foi feito, não deve ser mexido. É arte que representa um momento.

HQTMJ: Como você conseguiu ser um roteirista e chegar ao lado do Maurício? estudou muito?
PAULO: Sim, estudei muito. Li muito gibi :D.... Acho que o caminho é esse. Ler os gibis da turma. Coloquei um material que eu tinha embaixo do braço, e por intermédio de um amigo, conheci o Mauricio. Na verdade, que queria ser desenhista do estudio, mas lá ele sugeriu que eu continuasse a fazer roteiros...

HQTMJ: Li um dos boxes da Coleção Histórica da Turma da Mônica e vejo que em cada revista há textos de sua autoria falando sobre a turma. Como que é voltar ao passado e escrever esses textos?
PAULO: É ótimo. No nivel pessoal é o resgate da infância, e no nivel profissional, é a oportunidade de remexer naquele material antigo que é ouro puro. Até hoje me sinto honrado pelo convite do Mauricio e pelo espaço numa coleção tão importante como esta. Sinto-me lisongeado.

HQTMJ: Você se inspira das suas aventuras como criança, para elaborar as histórias da turma?
PAULO: Muito. Eu sempre acho que é  'pensar como criança e trabalhar como adulto'. 

HQTMJ: Você trabalha somente com a Turma da Mônica ou já escreveu algum roteiro para a turma jovem? 
Quer saber a resposta? não perca amanhã a segunda e última parte dessa entrevista. 
HQTMJ: Você trabalha somente com a Turma da Mônica ou já escreveu algum roteiro para a turma jovem?
PAULO: Não. mas leio bastante os gibis. A TMJovem conta com uma equipe já muito bem gabaritada e especialista no assunto. Não ouso mexer.. Eu e demais roteiristas ficamos com a Turma da Mônica 'velha' :P

HQTMJ: Se você pudesse ser um personagem da turma pequena quem você seria?
PAULO: Naquele que eu estou fazendo história. A história perfeita é aquela em que o roteirista é apenas uma ponte entre o personagem e a folha de papel. Se eu estou fazendo um historia do Cebolinha, eu tento pensar com o Cebolinha. Se faço da Tina.. tento pensar como a Tina.. é esquisito, mas é por aí.


HQTMJ: Você costuma visitar os blogs que falam sobre a revista? O que você acha deles? 
PAULO: Muito bem construídos e diversificados. Fico impressionado quanto a quantidade e profissionalismo dos blogs. Sem dúvida nenhuma a Turma da Mônica Jovem abraçou uma geração blogueira que nunca tinhamos visto antes. Estão todos de parabéns.

HQTMJ: Quantos Roteiristas trabalham na MSP, contando com você? 
PAULO: Acho que o número fica entre 12 ou 13. Varia muito. Nas reuniões sempre tem roteiristas que estão ha muito tempo e vez em quando aparecem novos.  Como estamos 'espalhados' por varias cidades, é dificil encontrar todos na empresa ao mesmo tempo a não ser por algum motivo especial, como uma reunião.


HQTMJ: Já pensou em levar a era digital (internet) para a vida do Chico bento? Seria uma história? Que tal?
PAULO: Isso acontece vez ou outra. O primo Zeca ( o primo da cidade ) é o oposto do Chico Bento. O menino é conectado e são várias as historias que tocam no assunto. Houve também um personagem que apareceu pouco nas historias. É um anjinho da guarda chamado Gabriel, que foi parar por engano na Vila Abobrinha e passou a ser o guardião do Chico Bento. Ele não larga o computador e acha que tudo deve ser feito com a ajuda dele, sob os comandos celestiais de de Ctrl Alt Del.
HQTMJ: Quais são as revistas que você elabora o roteiro, só da turma, outras ou especiais da turma, ou todas da Turma da Mônica?
PAULO: Com exceção da TMJovem e do Saiba Mais, acho que todas as revistas de linha...

HQTMJ: Para finalizar, dê algumas dicas para quem quer seguir essa carreira de roteirista e chegar onde você está: trabalhando com o Maurício de Sousa.
PAULO: "Leia muito os gibis, não desista do sonho NUNCA e e não abandone a criança que vive dentro de você..
A minha criança interior ainda fica com as 'pernas bambas' quando encontra o Mauricio : )"

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Lindo final não, essa mensagem que o Paulo deixou para nós, que osnhamos trabalhar na MSP...

E aqui termina a nossa entrevista, agradeço a participação do Roteirista Paulo Back e de você caro internauta e visitante do blog HQTMJ, que vive conosco as emoções das novidades.

Como mérito desse grande Homem, gostaria que você que acompanhou a entrevista pudesse deixar seu comentário aqui no blog, e que em seu twitter: publicasse um gesto de carinho para ele. basta seguir esse exemplo:
@hqtmj (Sua mensagem) #EntrevistaPauloBack 
eu rou dar Rt's em todos.
 Se preferir siga o paulo no twitter o seu profile é: @PauloBack.

Em breve... novas novidades para vocês, e o blog HQTMJ continua a todo vapor!
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